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Economia circular é a única opção para reduzir riscos ambientais

São Paulo (26 de Março) – O especialista do setor, Marcelo Souza, presidente do INEC – Instituto Nacional de Economia Circular, alerta que o segmento apresenta dados alarmantes e exige ações urgentes.
O Relatório de Riscos Globais de 2025, do Fórum Econômico Mundial, revela uma mudança significativa na percepção dos desafios globais enfrentados pela humanidade ao compararmos os cenários dos próximos dois e dez anos.
Nos próximos dois anos, os principais agravantes incluem conflitos armados entre estados, desastres naturais e eventos climáticos extremos, além de crises relacionadas ao custo de vida. No entanto, ao projetarmos um horizonte de dez anos, os riscos ambientais passam a dominar a lista, representando quatro dos cinco principais desafios previstos.
Cenário de dois anos: riscos imediatos
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- Conflitos armados entre estados: identificado como o risco mais grave no curto prazo.
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- Desastres naturais e eventos climáticos extremos: ocupam a segunda posição.
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- Crises do custo de vida: também estão entre os três principais riscos.
Cenário de dez anos: riscos de longo prazo
Ao analisarmos os próximos dez anos, os riscos ambientais tornam-se ainda mais evidentes:
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- Falha na mitigação das mudanças climáticas: o risco mais severo no longo prazo.
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- Falha na adaptação às mudanças climáticas: ocupa a segunda posição.
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- Desastres naturais e eventos climáticos extremos: continuam sendo uma grande preocupação.
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- Perda de biodiversidade e colapso dos ecossistemas: sobe para a quarta posição.
Essa mudança na hierarquia dos riscos indica, claramente, que as ações atuais não têm sido eficazes o suficiente para mitigar os perigos ambientais. A crise climática continua se agravando, e as medidas adotadas até agora não foram suficientes para reverter essa tendência.
A necessidade urgente de adotar a economia circular
Diante desse cenário, a implementação de uma política de economia circular surge como uma solução viável e necessária. Essa abordagem promove um modelo sistêmico que inclui:
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- Design de produtos: desenvolvimento de produtos com foco na durabilidade, reparabilidade e facilidade de desmontagem, permitindo a reutilização ou remanufatura dos materiais ao final de sua vida útil.
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- Visão sistêmica: adoção de uma perspectiva holística que considera todo o ciclo de vida dos produtos, desde a extração de matérias-primas até o descarte, minimizando o impacto ambiental em cada etapa.
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- Compartilhamento: incentivo a modelos de negócios baseados no compartilhamento de recursos, como caronas solidárias, aluguel de equipamentos e plataformas de troca, reduzindo a necessidade de produção de novos bens.
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- Reuso e remanufatura: promoção da reutilização de produtos e componentes, além da remanufatura – que restaura produtos usados para um estado semelhante ao novo, prolongando sua vida útil e reduzindo a demanda por novos recursos.
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- Reciclagem: embora essencial, a reciclagem deve ser considerada a última alternativa, utilizada apenas quando as opções de reuso e remanufatura forem esgotadas. Ela permite a recuperação de materiais valiosos, mas deve ser complementada por estratégias que evitem a geração de resíduos desde o início.
Benefícios da economia circular
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- Redução de resíduos e poluição: ao focar no design de produtos e na reutilização, a economia circular pode diminuir significativamente a quantidade de resíduos e a poluição ambiental.
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- Eficiência no uso de recursos: incentiva o aproveitamento eficiente dos recursos naturais, reduzindo a dependência de matérias-primas e os custos de produção.
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- Mitigação das mudanças climáticas: a adoção de práticas circulares pode ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para o combate às mudanças climáticas.
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- Estímulo à inovação: a transição para a economia circular impulsiona a inovação, criando novas oportunidades de negócios e empregos sustentáveis.
Conclusão
A comparação entre os cenários de dois e dez anos do Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial evidencia a necessidade urgente de ajustes nas políticas atuais. A economia circular é uma das poucas alternativas viáveis para enfrentar esses desafios de maneira eficaz.
Ao adotar práticas circulares, não apenas mitigamos os impactos negativos dos riscos ambientais, mas também criamos um futuro mais sustentável e resiliente.
Sobre o especialista
Marcelo Souza é químico e engenheiro de produção e mecânica. Possui MBA Internacional em Administração pela FGV, MBA pelo Instituto Universitário de Lisboa, pós-MBA em Tendências e Inovação e Formação de Conselheiro de Administração pela Inova Business School.
É mestre em Administração pelo Instituto Universitário de Lisboa, com especializações em Transformação Digital pelo MIT e em Economia Circular pela Universidade de Berkeley Extension.
Atua como CEO da Indústria Fox – Economia Circular e suas subsidiárias, presidente do Conselho de Administração da Ilumi Materiais Elétricos, conselheiro e diretor de Meio Ambiente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) – Regional Jundiaí, além de membro do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da FIESP.
Professor da PUC Campinas, também integra a Coalizão Empresarial por um Tratado dos Plásticos e preside o INEC – Instituto Nacional de Economia Circular. Como escritor, acaba de lançar seu terceiro livro, Reciclagem de A a Z, uma antologia que reúne conhecimentos de especialistas em economia circular e reciclagem.
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