Redação SP
Será que é assim mesmo? Conheça X mitos e verdades sobre seletividade alimentar infantil
Quando o assunto é alimentação infantil, diversas teorias e informações são passadas de geração para geração. Mas, será que tudo é real e deve ser seguido à risca?
Para esclarecer algumas dúvidas, a fonoaudióloga Carla Deliberato, que é especialista em motricidade oral com foco em atendimentos de recusa e seletividade alimentar, listou os mitos mais comuns em relação à seletividade alimentar.
Confira abaixo:
- Seletividade alimentar é frescura: Mito – São muitos os fatores que podem levar uma criança a desenvolver a seletividade alimentar, e quando isso acontece pode trazer problemas para a saúde e atrapalhar no seu desenvolvimento. Então é preciso o acompanhamento com um profissional especializado para definir um tratamento adequado.
- Deixar a criança com fome pode desenvolver distúrbios alimentares: Verdade – Muitas pessoas acreditam que deixando a criança sem comer por muito tempo, elas aceitarão os alimentos com mais facilidade, mas na verdade essa prática pode contribuir no desenvolvimento de disturbios alimentares que podem se arrastar para a vida adulta e causar diversos problemas de saúde.
- É coisa de criança: Mito – De fato existe a fase da criança seletiva e ela sim passa, mas quando isso gera a recusa e o desinteresse por muitos alimentos por um longo período pode se transformar em um distúrbio alimentar pediátrico. Neste caso, é preciso consultar um profissional para o definir um caminho para o tratamento.
- É preciso insistir em um alimento: Verdade – Durante o desenvolvimento do paladar da criança, tudo que ela experimenta é novidade. A textura e sabor de alguns alimentos podem ser estranhos no primeiro momento, mas é preciso tentar introduzir esse item nas refeições ao menos 12 vezes, apresentando para a criança o mesmo ingrediente preparado de formas diferentes para ter certeza de que ela realmente não gosta.
Sobre Carla Deliberato: Carla Deliberato é fonoaudióloga formada pela PUC-SP desde 2003, com vasta experiência em atendimento clínico, hospitalar e domiciliar de pacientes com dificuldades alimentares (disfagia, recusa alimentar e seletividade alimentar), sequelas neurológicas e oncológicas do câncer de cabeça e pescoço, síndromes, além de atuação em comunicação alternativa e voz.
Tem passagem pelo Instituto do Desenvolvimento Infantil, Clínica Sainte Marie, Hospital Israelita Albert Einstein, Associação de Valorização e Promoção do Excepcional (AVAPE), Associação para Deficientes da Áudio-Visão (ADefAV), Unidade de Vivência e Terapia (UVT), entre outras instituições.
Passou a entender e atuar com recusa e seletividade alimentar por conta da maternidade, quando descobriu que a segunda filha, a Isabela, tinha resistência aos alimentos, além de sofrer com náuseas recorrentes durante o processo de introdução alimentar.
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